Aldeia situada na margem direita do rio Ceira, alcandorada numa encosta virada a nascente, o que lhe permite receber o sol desde muito cedo e daí ter um clima mais quente atraindo a população para se dedicar à prática dos viveiros de citrinos..

Com vistas espectaculares para as serras que têm como fundo o SANTUÁRIO do Senhor da Serra e no sopé os campos banhados pelo calmo e maravilhoso rio CEIRA.

O viveirista é um trabalhador esforçado que desde a sementeira/plantação até chegarem ao mercado, tratava das arvores de fruto. O microclima desta localidade permitia um desenvolvimento muito mais rápido e de melhor qualidade .

Havia também quem se dedicasse ao fabrico de cordas- os CORDOEIROS-que num simples caminho de terra batida montavam as suas gerigonças e aí davam azo à sua imaginação. A nossa terra, em tempos, era bastante povoada e como tal havia outros meios para se viver .

Mais tarde, houve alguém que se dedicou a outras actividades, nomeadamente o moleiro, que tinha o seu moinho nas margens do nosso tão bonito rio CEIRA. Chegaram a existir duas mercearias, um padeiro, que nos fazia chegar o pão às nossas portas através de um meio de transporte muito original – o burro. Com o andar dos tempos as coisas foram mudando, deixou de haver o padeiro e o seu burrito, para dar lugar a padarias noutras povoações que, por sua vez, faziam chegar o pão a uma senhora que o distribuía com um açafate à cabeça. Nesta fase, começou também ( como por varias regiões do nosso pais ) a emigração dando origem á desertificação da nossa aldeia. Por esse motivo os campos ficaram incultos, as habitações foram-se degradando e a população envelhecendo.

No entanto, ainda há pessoas de carácter, cheias de dinamismo e altruístas que vão dando vida aos nossos campos, acrescentando beleza natural á nossa fonte, valorizando a nossa capelinha ,que tem como padroeiros S. GONÇALO e a NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO e um quadro de grande valor artístico, representando a Aclamação a Nossa Senhora.

Estamos certos de que, quem vem á nossa cidade – COIMBRA – não ficará decepcionado se percorrer mais 8 km na Estrada da Beira em direcção à LOUSÃ e fizer uma pequena paragem para visitar a ALDEIA da TAPADA, uma aldeia bastante bonita e ainda com muita vida.